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O prefeito Nilson Gaspar (PMDB) abriu a audiência pública do Plano Diretor Municipal de Mobilidade Urbana Sustentável – PDMUS, realizada sexta-feira (07), no auditório da Prefeitura de Indaiatuba. Na audiência foram apresentadas as principais diretrizes e ações recomendas para o Plano. A próxima fase será o envio do Projeto de Lei à Câmara Municipal para a apreciação e aprovação do Legislativo.

Gaspar explicou que as sugestões apresentadas pela população ainda serão discutidas e falou da importância do plano para o desenvolvimento sustentável. “Esse plano foi bem estudado e o trabalho foi baseado na evolução do trânsito em nossa cidade. Indaiatuba está entre os poucos municípios do País que atendem as diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana”, ressaltou.

O PDMUS de Indaiatuba começou a ser elaborado em 2015 com o levantamento de dados, diagnósticos e formulação de diretrizes associadas aos temas principais: sistema viário; trânsito; transporte coletivo; transporte cicloviário; mobilidade a pé, e mobilidade na área central.

Em abril de 2016 foi realizada a primeira audiência para apresentação do PDMU - Fase de Diagnóstico e Formulação de Diretrizes. Na ocasião foram abertos canais de comunicação para que a população pudesse apresentar sugestões.

Conforme explicou o coordenador do Plano, Luis Fernando di Pierro, da Oficina de Engenheiros Consultores Associados, o estudo constatou que apesar do aumento do número de veículos na cidade, hoje Indaiatuba ainda não apresenta grandes problemas de trânsito. “Identificamos apenas alguns pontos que geram um pouco mais de fila em horários de pico, como na antiga rotatória do Objetivo e na Rua dos Indaiás, mas que ainda não geram grandes atrasos”, relatou.

Outra questão identificada na elaboração do Plano foi o volume pequeno de usuários de ônibus no município, que tem uma característica forte de utilização de transporte individual maior que o transporte coletivo. São 350 mil viagens por dia com apenas 8% da população utilizando o transporte coletivo diariamente. “Isso motivou a proposta de reestruturação no desenho de linhas do transporte coletivo da cidade. Foi proposto a racionalização das linhas que hoje são dispersas e com frequência baixa, refletindo diretamente no tempo de espera”, argumentou.

Quanto às diretrizes do sistema viário, o Plano considerou a cidade dividida em três regiões: zona de expansão, zona em consolidação e zona consolidada. A primeira se refere às regiões do Parque Campo Bonito, do Pimenta e região Central; a segunda engloba principalmente periféricas que incluem as chácaras, e a terceira, a zona consolidada, inclui a região central, parte do Jardim Morada do Sol e parte do Distrito Industrial.

A zona de expansão é que teve a proposta mais audaciosa com a criação de um novo parque ecológico no entorno do córrego do Buru para atender a demanda viária daquela região, mantendo a característica de qualidade de vida da cidade. “O estudo também propõe para a região da antiga Cerâmica Indaiatuba a abertura de uma via de conexão da avenida Presidente Vargas com a rodovia Paulo de Tarso Martins”, acrescentou.

Na zona consolidada o plano sugere estudo de reestruturação do espaço de ciclovia na avenida Ário Barnabé, para também comportar áreas de estacionamento; recomenda estudo de projeção de necessidade para as vias transversais do Parque Ecológico e também sugere uma nova transposição na rodovia SP-075, na altura da avenida da General Motors.

Com relação à mobilidade à pé, foi constatado que as calçadas da região central são boas, mas para outras regiões foram propostos critérios de declividade e adequações para acessibilidade.

Para o Centro foi levantada a necessidade de retirar o trânsito de passagem das áreas de maior movimento e reorganizar a circulação.

Os detalhes do Plano Diretor de Mobilidade Urbana Sustentável de Indaiatuba podem ser consultados na página da Secretaria de Planejamento Urbano e Engenharia, no site da Prefeitura – www.indaiatuba.sp.gov.br. O Plano atende aos requisitos da Lei de Mobilidade Urbana, Lei Federal 12.587/2012, que estabelece a Política Nacional de Mobilidade Urbana, está disponível para consulta