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A Prefeitura Municipal de Indaiatuba, por meio da Fundação Indaiatubana de Educação e Cultura (FIEC), realizou na semana passada, no dia 25 de setembro, às 19h, no auditório da instituição, o 1° Fórum Acadêmico da FIEC: Panorama, Tendências e Tecnologias para o Tratamento e Reuso de Águas. O encontro teve como objetivo integrar estudantes, professores, empresas e especialistas, ampliando o debate sobre soluções sustentáveis para a gestão de recursos hídricos.

O evento contou com a presença de executivos e técnicos de empresas químicas, farmacêuticas e de tratamento de água, além de representantes do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) de Indaiatuba e da direção e professores da FIEC. Entre os participantes estavam Bruno Tarran (CEO da Tech Filter), Luiz Pinto (Diretor Técnico da Usinando Negócios), Sabrina Monteiro Gajaca Dias (Técnica de Segurança do Trabalho, Saúde e Meio Ambiente da Grow Química e Farmacêutica), Vanderlei Prado (Diretor Industrial da NIPPON CHEMICAL), Magali Sander (Química responsável da Norquima) e Alan Patrique (da B Filter).

O setor público foi representado pelo Superintendente Sandro Coral e pelo Técnico em Controle da Qualidade Rafael Rossi, ambos do SAAE. A área acadêmica contou com a presença da Diretora Pedagógica Renata Rotella Magalhães e do Coordenador dos cursos técnicos de Química, Farmácia, Meio Ambiente, Análises Clínicas e do Tecnólogo, Claudemir Adriano Borgo, além de professores da FIEC.

Indaiatuba e região, reconhecidas como polos industriais e urbanos, enfrentam crescente demanda por alternativas sustentáveis no uso da água. O tratamento e o reuso representam, além de uma necessidade ambiental, uma estratégia econômica e tecnológica para indústrias e municípios.

Durante o Fórum, os especialistas destacaram que a principal barreira à adoção de soluções sustentáveis, como o reuso de água, é o custo-benefício. Luiz Pinto questionou a viabilidade econômica: “Se podemos fazer o reuso da água, por que já não o fazemos? Ainda não é viável economicamente.” Rafael Rossi complementou: “Não existe água que não seja tratável, o problema é o custo.” Por outro lado, Bruno Tarran apresentou um contraponto otimista: “Não existe, em casos já feitos, um caso que não trouxe o ganho ambiental e financeiro, eles sempre vêm juntos.”

O trio também alertou sobre os desafios futuros: a adaptação da economia aos novos padrões de consumo e conservação de água será complexa, e a desigualdade hídrica tende a se acentuar, com escassez em algumas regiões e queda generalizada na qualidade da água disponível.

O Fórum visa fortalecer o ecossistema de inovação local, estimular a troca de experiências entre academia e mercado e fomentar o desenvolvimento de soluções aplicáveis à realidade regional. A iniciativa está alinhada ao projeto do Centro de Inovação Tecnológico da FIEC (Inova FIEC), que obteve financiamento para a instalação de plantas didáticas voltadas à simulação e treinamento em tecnologias de tratamento de águas.
Com a realização do 1° Fórum Acadêmico, a FIEC reafirma seu compromisso em promover educação de qualidade e contribuir para o desenvolvimento sustentável de Indaiatuba e região, atuando como ponte entre conhecimento, inovação e sociedade.