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Atleta de Indaiatuba conquista duas medalhas no Parapan de jovens

29/03/2017 17:00h


Realizado no Centro de Treinamento Paralímpico em São Paulo, entre os dias 20 e 25, a 4ª edição dos Jogos Parapan-Americanos de Jovens 2017, teve o objetivo de revelar atletas para os próximos ciclos paralímpicos. Cerca de 800 competidores, com idade entre 13 e 21 anos, de 19 países, participaram do evento, que contou com 12 modalidades e foi organizado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). A delegação brasileira contou com 172 esportistas. Representando as cores da seleção brasileira, o grupo indaiatubano contou com o técnico Júlio César Pistarini, a staff Paloma Bruna Oliveira e os atletas Eric Oliveira Gomes e Wesley Silvério dos Santos da Secretaria de Esportes.

Wesley, de 17 anos, conquistou duas medalhas, prata nos 100 metros peito SB14 e bronze nos 200 metros livres S14. Ele tem deficiência intelectual, e começou a nadar com quatro anos, por questões de saúde. Em 2015, o técnico da equipe PCD de Indaiatuba, Antônio Luiz Cândido ‘Maceió’ o viu treinando na seletiva escolar e, em 2016, o convidou para fazer parte do grupo. “O Wesley morava em Paraguaçu Paulista e começou a treinar com a equipe há dois meses. Apesar de pouco tempo, conseguiu excelentes resultados”, disse.

O paulistano Eric Oliveira, de 14 anos, apesar do nervosismo se superou e conquistou três 5º lugares. Ele tem paralisia cerebral, no entanto, não interfere no intelectual do atleta. De acordo com o treinador, o intelecto está preservado, apesar dele não conseguir falar e se expressar direito. “A deficiência do Eric, trata-se de uma paralisia múltipla que faz com que ele tenha dificuldades dos movimentos coordenativos. Mas, é única e exclusivamente física, não afetando a sua percepção”, contou.

O jovem, que necessita da cadeira de rodas começou no esporte com oito anos e compete em provas multi-classes. Como o número de atletas da sua categoria era mínimo, foi estipulado que se juntasse as classes 100 metros livres S1-S6.

As atividades da modalidade natação foram encerradas na sexta-feira (24), e o Brasil conseguiu 61 medalhas nos quatro dias de competição, sendo 27 de ouro, 17 de prata e 17 de bronze.



Competição



Pistarini contou que nos primeiros dias foi realizada preparação com toda a delegação brasileira com o intuito de aproximar e conhecer os atletas oriundos das Paralimpíadas Escolares e alguns mais experientes do Circuito Loterias Caixa, para a realização das classificações funcionais. A seleção brasileira de Jovens foi dívida em grupos seguindo níveis e deficiências para o maior controle da comissão técnica. Segundo o treinador foi definido que os técnicos deveriam passar por todos os grupos para maior vivência e conhecimento dos atletas.

Para ele a oportunidade de representar o staff local com a selecionado brasileiro no Parapan foi única. “Estou grato por representar as cores da cidade, vestindo o verde e amarelo da seleção brasileira”, afirmou. “Senti uma emoção gigantesca em dividir experiências, ver métodos novos de treinamento e acompanhar de perto uma competição desse porte. Um momento que levaremos para a vida toda”, ressaltou.



Novos talentos



Entre as metas da competição está a descoberta de novos prodígios. E o desempenho dos atletas chamou atenção. “Notamos a evolução dos atletas mais jovens. Índices para campeonatos mundiais de adultos foram obtidos” afirmou o responsável pelo plantel paradesportivo da cidade, Maceió. “É importante para o desenvolvimento de atletas jovens que eles tenham a oportunidade de competir no mais alto nível. “Esta é a função do Parapan de Jovens. Já vimos atletas que saíram vitoriosos nestes eventos e que seguiram em frente e competiram em Jogos Paralímpicos. Tenho certeza que muitos destes estarão competindo em 2020 em Tóquio”, analisou.

A equipe de Indaiatuba é formadora de grandes atletas, entre eles, Lucas Mozela, Raquel Viel, Felipe Caltran e Cecília Araújo, que disputaram as Paralímpiadas 2016, no Rio.

Nos dias que antecederam a abertura do Parapan, o CPB realizou a Assembleia Geral do Comitê Paralímpico das Américas e também implementou o Programa de Educação dos Jogos para Jovens, para atletas, técnicos e dirigentes. O Centro de Treinamento Paraolímpico Brasileiro, que fica no Km 11,5 da Rodovia dos Imigrantes, abrigou 11 modalidades (atletismo, bocha, futebol de 5, futebol de 7, goalball, judô, halterofilismo, vôlei sentado, natação, tênis de mesa e basquete em cadeira de rodas). As partidas do tênis em cadeira de rodas foram disputadas no Clube Esperia.



  • Redator(es): Márcio Aguiar
  • Release N.º: 236

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