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Indaiatuba tem menor incidência de Dengue entre municípios da RMC com mais de 200 mil habitantes

Em 2019 Munícipio fez teste de lançamento de larvicida biológico com Drone
05/02/2020 15:52h


Foto: Eliandro Figueira RIC/PMI
Indaiatuba tem menor incidência de Dengue entre municípios da RMC com mais de 200 mil habitantes

O ano de 2019 foi marcado pela grande incidência dos casos de Dengue na RMC (Região Metropolitana de Campinas). Contando todos os 19 municípios foram 45.405 casos confirmados da doença. Enquanto isso, Indaiatuba apresentou uma das menores incidências entre todas as cidades e a menor entre as cidades com mais de 200 mil habitantes. De acordo com os dados do Sinan (Sistema de Informação de Agravos de Notificação), Indaiatuba tem cerca de 250 mil habitantes e registrou 296 casos autóctones e 26 importados, fruto do trabalho do Programa de Controle da Dengue que atuou em diversos projetos para combater a disseminação das arboviroses.

O município com maior número de casos de Dengue confirmado foi Campinas que possui cerca de 1,2 milhão de habitantes e confirmou 26.280 autóctones e 36 importados. Sumaré possui cerca de 280 mil habitantes e registrou 2.853 casos autóctones e 17 importados. Americana tem certa de 240 mil habitantes e confirmou 4.562 casos de dengue autóctones e 27 importados. Hortolândia conta com aproximadamente 230 mil habitantes e registrou 1.256 casos autóctones e sete importados.

O prefeito de Indaiatuba, Nilson Gaspar, destaca que o investimento em projetos de combate e controle da dengue são essenciais para diminuir os casos. “Nós buscamos parceiras com empresas especializadas no assunto e investimos em projetos que têm o objetivo de reduzir a população do Aedes aegypti. Em 2019 tivemos a segunda fase do projeto Aedes do Bem; fizemos vários testes de lançamento de larvicida biológico, utilizando equipamentos novos no mercado e até Drone. Tudo isso para conseguir alcançar os criadouros que ficam nos lugares mais difíceis de alcançar. Fico muito feliz em ver o resultado de muito tempo de trabalho e contar com uma equipe que realmente trabalha para que nossa cidade não tenha uma epidemia de dengue, como acabou acontecendo nas cidades da região”, conta Gaspar.







O Programa de Controle da Dengue orienta a população para intensificar os cuidados e prevenir a proliferação do Aedes aegypti e evitar a transmissão das arboviroses dengue, chikungunya e zika, pois parte do sucesso de poucos casos confirmados em Indaiatuba é o cuidado que a população tem mantido dentro de suas residências, mas de acordo com o coordenador do Programa, Ulisses Bernardinetti, ainda há muito o que trabalhar para a população de fato se conscientizar sobre esses cuidados. “Ainda encontramos muitos criadouros e é importante ressaltar que o Aedes Aegypti fica dentro das casas e qualquer lugar que fique água parada ele já consegue se reproduzir, por isso não podemos descuidar de nada e a forma mais eficaz de acabar com a proliferação do mosquito é acabar com os criadouros”, explica Bernardinetti.



Ações de Combate à Dengue



A Tecnologia do Aedes do Bem™, é uma pesquisa da nova linhagem OX5034, do mosquito geneticamente modificado produzido pela empresa para combater o Aedes aegypti selvagem, esses mosquitos foram soltos de maio de 2018 até abril de 2019 em quatro bairros da cidade, Morada do Sol, Cecap, Moacir Arruda e Jardim Itamaracá; que são as áreas com maior incidência da dengue. A primeira fase do projeto resultou em até 96% de supressão de mosquitos selvagens Aedes aegypti em comunidades tratadas em comparação com áreas não tratadas. Na segunda a liberação dos mosquitos machos, que não picam, foi feita através da instalação de pequenas caixas de papelão simples contendo ovos e água que foram instaladas nos bairros. Desta caixa, nasceram apenas os mosquitos machos Aedes do Bem™.

Indaiatuba foi a primeira cidade do país a receber um teste de aplicação espacial de larvicida biológico utilizando cepas do Bacillus thuringiensis israelensis (Bti) em área urbana, utilizando um maquinário novo no mercado para essa aplicação espacial. O teste aconteceu no bairro Jardim Santa Cruz e foi direcionado pela empresa japonesa Sumitomo Chemical do Brasil Representações Ltda que fez dispersão do ingrediente ativo de Vectobac® WG por meio de veículo pick-up com um equipamento que é novidade no mercado, o Mini Gerador de Aerossol UBV, da empresa Guarany, pulverizando em direção aos imóveis, para alcançar vários ambientes e situações que acumulam água e também criadouros de difícil acesso para a equipe de combate à dengue. A mesma empresa também fez o lançamento do larvicida biológico com um Drone, o teste foi no Bairro Cidade Nova e o resultado foi 100% eficaz, mantando todas as larvas do Aedes aegypti.

O Programa de Controle da Dengue da Secretaria de Saúde também monitora a população do mosquito Aedes Aegypti com as armadilhas ovitrampas, que simulam um criadouro natural e possuem uma paleta de ovoposição, onde a fêmea deposita seus ovos. Atualmente são 150 armadilhas distribuídas nas cinco áreas de abrangência do município. Esse trabalho é importante para identificar as áreas de infestações do mosquito e ajuda no planejamento para o enfrentamento das arboviroses. Em um ano de trabalho a equipe de Controle da Dengue já recolheu mais de 60 mil ovos do Aedes Aegypti.

A visita a imóveis (Casa-a-Casa) é a principal atividade de rotina do Programa de Controle da Dengue, tanto pelo seu número quanto pela abrangência de sua execução, visto que deve cobrir praticamente todos os imóveis do município.

Indaiatuba também realiza a Avaliação de Densidade Larvária (ADL) que consiste na amostragem de imóveis a serem vistoriados para obtenção de informações para o cálculo de índices de infestação e informações sobre os recipientes encontrados. Essas informações são importantes para o direcionamento das ações de controle. O resultado obtido permite avaliar as atividades que foram executadas nessa área e acompanhar os níveis de infestação ao longo do tempo. A comparação com outras áreas permite identificar áreas prioritárias para atuação.



Orientações



O período de maior intensidade biológica do Aedes aegypti é entre outubro e abril, épocas de chuva e oferta de criadouros, sendo que o período dos casos confirmados da doença permanece entre janeiro a julho, com maior pico entre abril e maio. O coordenador do Programa de Controle da Dengue, Ulisses Bernardinetti, explica como é a ação da equipe em caso de confirmação da dengue. “Trabalhamos em cima dos casos suspeitos e confirmados da dengue, fazendo um raio de 200 metros de cada caso e executando a atividade de Controle de Criadouros, na eliminação desses através de remoção, colocação de larvicidas e produtos alternativos. Nosso objetivo é baixar a pendência de imóveis fechados à 15%, conforme preconiza o protocolo nacional de combate a endemias”, detalha e continua. “É importante reforçar as orientações de verificar o imóvel 10 minutos por semana e fazer a eliminação dos criadouros, manter as calhas limpas, manter ralos limpos e/ou fechados, tampar tonéis, caixas d’água, não descartar materiais em terrenos baldios e não manter pratos embaixo de vasos de plantas”, completa.

A orientação da Secretaria de Saúde em caso de sintomas das arboviroses é procurar imediatamente uma Unidade de Saúde para atendimento, não tomar medicamentos sem orientação médica e informar ao profissional de saúde a localidade onde esteve nos últimos 14 dias.

Outra recomendação é que adotem métodos de prevenção destas doenças. Entre eles, o uso de repelentes aprovados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) uso de acordo com as instruções descritas no rótulo da embalagem, a eliminação de possíveis criadouros no local de hospedagem e também manter portas e janelas fechadas, usar calça e camisa de manga comprida de preferência cores claras. Quem possui animais de estimação também precisa ter atenção redobrada com a higienização dos recipientes de água.



  • Redator(es): Laís Fernandes
  • Release N.º: 73

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