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Prefeitura de Indaiatuba lança o Programa Vencer para tratamento pós-Covid

Objetivo é oferecer novas ferramentas em parceria entre Saúde, Esportes e Grupo UniEduK
11/05/2021 14:06h


Foto: Fábio Alexandre RIC/PMI
Prefeitura de Indaiatuba lança o Programa Vencer para tratamento pós-Covid

Desde setembro do ano passado, a Prefeitura de Indaiatuba, por meio da Secretaria Municipal de Saúde e com apoio de profissionais do Derefim (Departamento de Reabilitação Física e Mental), oferece àqueles que contraíram o vírus da Covid-19 um tratamento especializado para sequelas musculares ou cardiorrespiratórias decorrentes da doença. Agora, com o reforço da Secretaria Municipal de Esportes e da parceria com o Grupo UniEduK, através do Centro Universitário Max Planck - UniMAX, amplia esse trabalho com a criação do Programa Vencer.

“Desde o ano passado, o Derefim já realiza um trabalho para reabilitação de pacientes que tiveram Covid e precisam de auxílio no tratamento de possíveis sequelas musculares e cardiorrespiratórias”, ressalta o prefeito Nilson Gaspar. “Agora, com o apoio das secretarias de Saúde e Esportes, e desta importante parceria com o Grupo UniEduK, por meio do campus da UniMAX, ampliamos esse projeto tão importante para a questão da promoção da saúde em nosso município”.

O Programa Vencer é a soma de diversas etapas, que tem início após a cura da Covid-19. “A porta de entrada do programa é o Derefim e seu trabalho de reabilitação. Mas notamos que depois da fisioterapia e do atendimento do pneumologista, de todo este tratamento pós-alta, alguns pacientes ainda possuíam perda muscular, cansaço, mobilidade reduzida e dificuldade de equilíbrio”, conta a secretária municipal de Saúde, Graziela Garcia. “Nestes casos, a atividade física - moderada e específica para esses casos - ajuda muito, principalmente nas questões envolvendo mobilidade e ganho de massa. Estamos agregando mais um serviço para reabilitação dessas pessoas, para que elas possam retornar às suas rotinas, com a maior agilidade possível”.

Em projeto iniciado no dia 1º de setembro de 2020, o Derefim tornou-se porta de entrada para o Programa Vencer. “O Haoc (Hospital Augusto de Oliveira Camargo) ou outra unidade de saúde que atenda pelo SUS (Sistema Único de Saúde) nos envia o relatório de alta do paciente e solicita o encaminhamento. Então ele passa por um especialista e é encaminhado ao Derefim”, explica a diretora Deise Cristina Soares de Oliveira. “A grande maioria dos pacientes que recebemos possui um desconforto cardiorrespiratório, mas temos alguns com fraqueza muscular e problemas de circulação, muitas vezes causado pelo tempo em que ficou acamado, o que pode comprometer sua coordenação motora”.

Os tratamentos são variados e partem da condição física do paciente. Todos passam pela fisioterapia, mas se houver um comprometimento maior, o paciente é encaminhado para uma equipe multidisciplinar que conta ainda com terapeuta ocupacional e fonoaudiólogo. Ao chegar a um estágio em que o fisioterapeuta entende que o paciente atingiu todos os objetivos esperados na reabilitação, ele é reavaliado.

“Se ele atingiu o estágio de alta da reabilitação, mas ainda precisa do ganho de força, melhora de condicionamento físico e tudo mais, prossegue com seu tratamento no Programa Vencer”, lembra Deise. O próximo passo envolve a parceria com o Grupo UniEduK e apoio da Secretaria Municipal de Esportes.

Avaliação diagnóstica

“Fizemos uma parceria com o Centro Escola de Especialidades Médicas da UniMAX e seu laboratório de fisiologia para a realização de avaliação diagnóstica destes pacientes, com o apoio de estagiários”, comemora Marcos Antônio de Moraes, o Marquinhos, secretário municipal de Esportes. “Em seguida, o paciente é encaminhado para a nossa equipe, sempre muito preparada e capacitada”.

Luciana Mori, diretora do Grupo UniEduK, comenta esta nova parceria. “Gostaria de agradecer toda equipe da Prefeitura e ao time da UniEduK. É um privilégio participar deste projeto, que auxilia o município e qualifica ainda mais o ensino de nossos alunos”, afirma. “Esse projeto pós-Covid, tenho certeza, é pioneiro”.

Após a avaliação diagnóstica, o paciente é encaminhado para um destes polos esportivos: Complexo Morada do Sol ou Estação Cidadania. Serão disponibilizados, neste primeiro momento, um total de 25 vagas para cada polo, sendo dez pela manhã, cinco à tarde e outros dez à noite, totalizando 50 vagas.

A intervenção para melhora da aptidão física pode durar entre oito a 12 semanas. Após este período, se o paciente quiser dar continuidade ao treinamento e melhora de sua condição física, ele será convidado a frequentar os programas de Lazer Esportivo da Secretaria Municipal de Esportes.

Luiz Guilherme Bergamo, secretário-adjunto de Esportes, explica que a continuidade dos trabalhos é facultativa, porém muito importante. “A ideia do programa é a promoção de saúde. Uma das comorbidades mais frequentes é relacionada ao sedentarismo, a ausência do hábito da prática de exercício físico”, revela. “Assim, podemos dizer que o Programa Vencer não tem fim e o paciente pode optar também por uma academia particular, um personal trainer, mas o importante é continuar se cuidando”.

Musculação

Para o período de intervenção para melhoria da saúde proposto pelo Programa Vencer, a Secretaria Municipal de Esportes aposta na prática da musculação, uma vez que a modalidade permite o controle de pesos e movimentos e permite adaptações, de acordo com a condição física de cada paciente.

Durante a intervenção, os exercícios serão específicos. “Periodizamos os treinos com regressões, trabalhando movimentos simples, como sentar em uma cadeira, por exemplo, adaptando exercícios para atender as necessidades de cada um, dentro de sua capacidade, com tempo de recuperação e execução”, explica o professor Milton Salles, que acompanhará os alunos do Programa Vencer.

Aluno do Programa Vencer, Antônio Bento Filho, de 66 anos, teve diagnóstico confirmado em 23 de julho e no dia 1º de agosto foi internado no Haoc, onde ficou 20 dias. “Não fui intubado, mas já tinha problema de falta de ar, o que aumentou muito depois da Covid”, conta. “Depois da alta, fui para o Derefim e fique lá cerca de três meses. Sai muito bem”. Agora no Programa Vencer, não esconde sua expectativa. “Depois destas 12 semanas, se puder, quero continuar”.

  • Redator(es): Fábio Alexandre
  • Release N.º: 485

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