Armadilha é composta por um pote plástico transparente com água, recoberto com tecido preto umedecido, impregnado com um larvicida
A
Prefeitura de Indaiatuba, através do Centro de Operações Contra a Dengue, vinculado à Secretaria de Saúde, inicia mais
uma técnica inovadora para o controle do mosquito Aedes aegypti. Foram
instaladas 36 Estações Disseminadora de Larvicida no Jd. João Pioli. O
mecanismo é composto por um pote plástico transparente com água, recoberto com
tecido preto umedecido, o qual é impregnado com um larvicida em pó muito fino.
Os mosquitos são atraídos por essas armadilhas e quando pousam nas superfícies,
o larvicida fica no corpo do inseto, que espalha esse larvicida em outros criadouros
e acaba eliminando uma quantidade muito maior do Aedes aegypti.
A ação não traz riscos para as pessoas e animais e é recomendada pelo Ministério da Saúde e pela instituição Fiocruz do Amazonas, que desenvolveu toda a metodologia das Estações Disseminadoras com resultados promissores.
Esta estratégia é essencial porque mais de 90%
dos criadouros estão no ambiente residencial habitado, dentro das casas, muitas
vezes em locais de difícil acesso e ocultos. “A técnica das Estações
Disseminadora de Larvicida é trabalhada com base no comportamento do mosquito,
quando um mosquito adulto pousa na superfície da EDL, partículas do larvicida
se aderem às pernas e ao corpo do mosquito. Como as fêmeas
de Aedes visitam muitos criadouros para colocar poucos ovos em cada
um, elas disseminam o larvicida para esses criadouros, que viram armadilhas
letais para os mosquitos. Assim, as EDLs são um instrumento que facilita a
disseminação de larvicida pelos próprios mosquitos, entre locais tratados com o
larvicida e criadouros não tratados”, explica o
coordenador do Programa Municipal de Controle da Dengue, Ulisses Bernardinetti.
O bairro Jd. João Pioli foi o primeiro a ter a nova técnica aplicada, pois vem sendo monitorado desde agosto de 2024, com 19 armadilhas ovitrampas (coleta de ovos para ver presença de fêmeas de mosquitos na localidade) e 7 de captura de mosquitos adultos para avaliação de infestação do Aedes. As Armadilhas serão monitoradas para acompanhar a supressão de populações de mosquitos Aedes aegypti na localidade, e posteriormente a ação será expandida para outros bairros, como o Jd. Carlos Aldrovandi, Jd. Brasil, Pq. Residencial Indaiá, Oliveira Camargo e Santa Cruz.
“As ações para combate do Aedes aegypti são realizadas o ano todo a fim de passar um período
de crise mais ameno, mas a conscientização da população para contribuir com a prevenção na proliferação do mosquito Aedes
aegypti em sua residência é essencial para o controle da Dengue. Nossa campanha
enfatiza, são necessários 10 minutos na semana, para cuidados que podem fazer
toda diferença na disseminação da doença ”, ressalta o Coordenador do Programa
Municipal de Controle da Dengue.
De acordo com o acompanhamento sistemático da situação
epidemiológica, Indaiatuba tem 31 casos de Dengue confirmados em janeiro. Não
há registro de Zika e Chikunguya.
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